sábado, 23 de novembro de 2013

Eduardo José Barbosa (1927 – 2013) - Operário e Autarca



Eduardo José Barbosa

Eduardo José Barbosa, nasceu no Hospital António Lopes, na vila da Póvoa de Lanhoso, no dia 30 de Setembro de 1927, filho de Jardelino Barbosa e Bárbara Ferreira.
Com cinco anos de idade fica órfão de mãe, mais os seus quatro irmãos. O seu pai, Jardelino Barbosa, com poucas posses financeiras e com as dificuldades inerentes à morte da sua mulher, de cuidar dos seus cinco filhos, achou por bem, dar à guarda o pequeno Eduardo, aos seus padrinhos de baptismo, que eram um casal abastado e sem filhos, a residir na cidade de Guimarães.
O então pequeno Eduardo Barbosa foi viver para a cidade Berço, na perspectiva de ter um futuro bom e propício. Aí, aprendeu a ler e a escrever, onde viria a concluir a quarta classe, com doze anos de idade.
Após concluir o ciclo da instrução primária, era desejo do seu padrinho que o Eduardo Barbosa fosse para um Seminário, para que este seguisse a vida religiosa; porém, esta ideia não era do seu agrado. 
Como não era o seu propósito frequentar um Seminário, Eduardo Barbosa, resolveu um dia fugir da casa dos seus padrinhos, na tentativa de encontrar o seu pai.
Então, um dia, quando a criada dos seus padrinhos, natural da Póvoa de Lanhoso, veio à terra, resolveu seguir esta como forma de guia para chegar à sua terra natal.
Chegado à Póvoa de Lanhoso foi ao encontro de uma tia, conhecida no meio povoense como - “Mariquinhas da Fruta”, para saber notícias do paradeiro do seu pai. A dita tia não o podia acolher por muito tempo em sua casa, uma vez, que já tinha acolhido um dos seus irmãos, além de ter uma família numerosa.
A tia informou-o que seu pai encontrava-se a trabalhar em Terras de Barroso, nomeadamente, nas minas da Borralha, onde realizava a exploração do minério.
Determinado em encontrar o pai, parte numa longa jornada a caminho das minas da Borralha. Chegado aí, encontra o pai, mais a sua nova mulher e três irmãos consanguíneos, no qual foi bem recebido e acolhido.
De imediato, o pai, Jardelino Barbosa, arranjou emprego, nas minas da Borralha, para o filho, em que lhe foi incumbida a tarefa de auxiliar do trabalho minério, apelidado na gíria de “pincha”.
Como Eduardo Barbosa sabia ler e escrever, coisa pouco comum, naquela época, o engenheiro que coordenava o extrato do minério convidou-o para um cargo superior e cedeu-lhe uma casa própria. Então, com catorze anos de idade, sai da casa do pai e vai ao encontro de uma vida própria e independente.
Aos dezassete anos de idade, conhece aquela que viria a ser a sua mulher, Maria Joaquina Antunes, nascida a 30 de Março de 1929, no lugar do Pinheiro; que com naturalidade contraíam casamento, em Junho de 1947. Dessa união, nasceram quatro filhos: Jardelino Antunes Barbosa, nasce a 19 de Agosto de 1948; Emília da Conceição Antunes Barbosa, nasce a 1 de Maio de 1959; Fenando Eduardo Antunes Barbosa, nasce a 14 de Setembro de 1961; e Zulmira Fernanda Antunes Barbosa, nasce a 3 de Setembro de 1963.
Com vinte e um anos de idade é chamado a cumprir o serviço militar, na cidade do Porto, onde permaneceu durante dois anos.
Findo o serviço militar, regressa novamente para a extração do minério, nas minas da Borralha, agora com a função de chefe de equipa.
No dia 1 de Maio de 1959, dão por terminados os trabalhos da exploração do minério e sem trabalho volta à sua terra natal.
Num período em que Portugal estava sobre as vestes de um regime ditatorial, denominado de Estado Novo, Eduardo Barbosa impunha-se, em segredo, ao então regime vigente, participando em tertúlias com pequenos grupos restritos.
Assim, numa das várias reuniões contra o regime, realizadas no café “Ouro Negro”, na vila da Póvoa de Lanhoso, em que se conversava sobre a morte do General Humberto Delgado, (estava presente também - Eduardo Barbosa), foram, de súbito, alertados que a PIDE se encontrava no local para os prender. O que não chegou a suceder, porque foram avisados pelo barbeiro Pinto que, de seguida, os escondeu em sua casa, durante dois dias e duas noites.
Também, por esta época, arranja um trabalho na construção da estação dos Correios, na freguesia de Travassos, concelho da Póvoa de Lanhoso, deslocando-se, diariamente, numa longa caminhada do Pinheiro até Travassos.
Pelo ano de 1962, consegue um novo trabalho na construção da Barragem dos Pisões, levando consigo o filho mais velho. Aqui, assume novamente a função de chefe de equipa.
No ano de 1964, vê-se obrigado a fugir para a França, com o seu filho primogénito, para que este não fosse para a guerra colonial.
Depois de cinco anos a trabalhar em terras francesas, regressa a Portugal, no ano de 1968, pois a sua mulher encontrava-se muito doente.
Logo que chegou a Portugal, os engenheiros que o tinham contratado para a Barragem dos Pisões, chamam-no para a construção da Barragem da Valeira, em São João da Pesqueira, com o mesmo cargo que tinha anteriormente. Depois de concluída esta nova barragem, foi recrutado para a construção da Barragem de Vilarinho das Furnas, em Terras de Bouro.
Construída a Barragem de Vilarinho das Furnas, foi convidado para ser o encarregado geral na obra de construção da “Sacoor”, em Matosinhos.
Quando ocorreu o 25 de Abril de 1974, encontrava-se em casa, no lugar do Pinheiro, devido a um problema nos joelhos. Nessa manhã, descobriu, através da rádio, que o regime do Estado Novo tinha caído.
Ao ter presente tal notícia rejubilou de alegria, reunindo de imediato a família levando-a consigo para festejar a liberdade nas ruas da vila da Póvoa de Lanhoso.     
Foi um homem de fortes convicções políticas, que após o 25 de Abril de 1974, sempre defendeu os ideais de esquerda, nomeadamente os valores socialistas; no qual se empenhou por uma sociedade mais justa e igualitária.
Devido aos sucessivos problemas nos joelhos é aposentado em 1977, começando a dedicar-se um pouco mais à participação cívica, designadamente à política.
Por conseguinte, fez parte, por diversas vezes, das listas do Partido Socialista à Assembleia de Freguesia de Lanhoso, no qual a sua lista saiu vitoriosa nas eleições autárquicas de 12 de Dezembro de 1993. Assim sendo, durante dois mandatos desempenhou, com muita dignidade, o cargo de tesoureiro da Junta de Freguesia de Lanhoso, pelas listas do seu partido político que muito honrava.
Ademais, foi um homem de trabalho, amigo do seu amigo, e um dedicado chefe de família, pois nunca faltou com nada à sua mulher, aos seus quatro filhos e aos netos.
Sempre se pautou por uma conduta de respeito, gozando assim de grande estima no seio da sociedade povoense.
A sua indubitável simplicidade e o respeito pelo seu próximo tornou-o num grande homem. O seu exemplo de vida, enquanto marido, pai, avô, cidadão e autarca deixou rastos e marcas com quem conviveu de perto com Senhor Eduardo José Barbosa. Por isso, temos a ousadia de buscar as palavras do poeta, José Regio:

Ele, o que amou, sonhou, cantou, sofreu,
E em cujo próprio desespero ri
Um rastro de mais mundos e mais céu,

Foi isso e muito mais! – não cabe aqui.
Se podes crer que enfim se desprendeu,
Encontrá-lo-ás em tudo… e até em ti.[1]

Faleceu em 28 de Janeiro de 2013, sendo sepultado em jazigo de família, no cemitério Municipal da Póvoa de Lanhoso.


Sérgio Machado





[1] José Régio, “Epitáfio do Poeta”, Obra Completa – Poesia, Vol. I, Imprensa Nacional Casa da Moeda, Lisboa, 2004, p. 190.

domingo, 27 de outubro de 2013

Jorge Eduardo da Costa Oliveira (1933-2016) – Economista, gestor e político



Dr. Jorge Eduardo Costa Oliveira

Jorge Eduardo Costa Oliveira nasceu na Casa do Bárrio, em Monsul (Póvoa de Lanhoso), em 17 de Outubro de 1933. Após frequentar o ensino básico no baixo concelho povoense com uma tia sua que era docente do ensino básico, completou em Braga os estudos liceais, vindo a licenciar-se em economia em Lisboa, em 1957, no Instituto Superior de Ciências Económicas e Financeiras, onde desenvolveu intensa actividade académica e obteve a mais alta classificação do seu curso.
Foi assistente daquele Instituto Superior, investigador da Junta de Investigação do Ultramar, técnico e chefe de repartição dos Negócios Económicos do Ministério do Ultramar.
Em Junho de 1961 foi nomeado Director Provincial de Economia de Angola, após o que, em Dezembro de 1964, passou a sobraçar, no Governo daquele território, a pasta da Economia e, em Setembro de 1969, a do Planeamento e Finanças, na qual se manteve até Janeiro de 1973. Durante estes doze anos conheceu Angola o período áureo do seu desenvolvimento, com os maiores índices de crescimento em África.
Regressado a Lisboa, foi inspector superior nos ministérios do Ultramar e da Coordenação Interterritorial, cabendo-lhe o acompanhamento da actuação dos delegados do governo e administradores por parte do Estado das empresas concessionárias e de economia mista. Criado, em Fevereiro do 1976, o Instituto para a Cooperação Económica, organismo sob a tutela dos ministérios dos Negócios Estrangeiros e das Finanças a que incumbia a coordenação económica, financeira e empresarial com os países em vias de desenvolvimento, foi nomeado membro da sua comissão instaladora e, uma vez dotado o mesmo de orgânica própria, em 1980, presidente da sua direcção, funções que viria a desempenhar durante doze anos, até à sua aposentação no final de 1992. A partir de 1994, foi consultor do IPE, Investimentos e Participações Empresariais, S. A., holding do Estado português.
É autor de dezenas de obras e estudos sobre os países africanos de língua portuguesa, designadamente:
“Aspectos de um grande problema nacional (o equilíbrio demo-económico)”, 1954;
“Aspectos Económico-Sociais da Ocupação Humana em Moçambique”, 1958;
“Alguns Aspectos da Unidade Económica Nacional” (co-autor), 1960;
“Estudos de Economia Ultramarina” (co-autor), volume n.° 47 do Centro de Estudos Políticos e Sociais (JIU), 1960;
“Aplicação de capitais nas Províncias Ultramarinas”, vol. n.° 50 do mesmo Centro, 1961;
“Economia de Angola - Os Fundamentos da Política Económica”, 1965;
“Problemas da Economia de Angola”, 1967;
“Economia de Angola —Evolução e Perspectivas” (1962-69), 1970;
“Conjuntura Económica de Angola”, 1970;
“Relatório da Pasta da Economia”, obra em 4 volumes com 2264 páginas, editada entre 1970 e 1971;
“Servindo o Futuro de Angola”, volume de 700 páginas publicado quando deixou este território;
“Textos sobre Cooperação Económica” (co-autor), 1992;
“A Economia de S. Tomé e Príncipe”, 1993;
“A Cooperação Portuguesa", ISEG, 1995;
“Cooperação de Portugal com os países africanos”, 1997;
Artigos sobre as relações com os países africanos de língua portuguesa, de 1988 a 2001, no “Economista”, Anuário da Economia Portuguesa, órgão da Ordem dos Economistas.
As suas vivências em Angola estão vertidas no livro “Memórias de África” (2005).
É ainda autor de um breve estudo intitulado “Verim e a Casa da Sarola de Baixo” (2001) e de um trabalho sobre o baixo concelho povoense, “Monsul de Outros tempos”, que se encontra no prelo. 
É Grande-Oficial da Ordem do Infante D. Henrique (1983), Grande-Oficial da Ordem Militar de Cristo (1992), Grão-Cruz "Pró Mérito Melitensi” da Ordem Soberana  e Militar de Malta, classe especial, Grão-Cruz da Ordem da Estrela da Bandeira da República da Jugoslávia, Grande-Oficial de Mérito das Repúblicas da Itália, da Grécia e da Áustria, Fellow da International Banker Association e membro da Sociedade de Geografia de Lisboa.
Faleceu em Sinta, onde habitava, a 19 de julho de 2016.


José Abílio Coelho

terça-feira, 3 de setembro de 2013

João Antunes Pardelho (1935-) – Escritor


João Antunes Pardelho
João Maria Fernandes Antunes Pardelho nasceu na vila da Póvoa de Lanhoso, a 15 de Janeiro de 1935.
Depois de completar, na Escola António Lopes, a instrução primária, continuou estudos na Escola Industrial Infante D. Henrique, no Porto, vindo a completar o ensino liceal no Liceu Sá de Miranda (Braga). Frequentou ao mesmo tempo a Aliança Francesa.
Em 1955, com vinte anos de idade, ingressou na função pública, da qual viria a aposentar-se, em 1990, com a categoria de Tesoureiro da Fazenda Pública.
Quando jovem, foi jogador do Sport Club Maria da Fonte, vindo mais tarde, e durante vários anos, a integrar a direção da mesma instituição. Fez, ainda, parte dos elencos teatrais da década de 1950, participando em vários espetáculos no Theatro Club, nomeadamente nas peças Cama Mesa e Roupa Lavada e A Espadelada.
João Antunes Pardelho viria a estrear-se como escritor com o romance Marta, um trabalho de fôlego “que, fruto de trabalho intenso e excelente técnica narrativa, oferece ao leitor uma história com um ritmo vigoroso, associada a uma imaginação sugestiva e viva”. Publicou, de seguida, um livro de memórias intitulado Acontecimentos Marcantes da Minha Vida, inserindo textos com imensas referências à Póvoa de Lanhoso do século XX, sendo Automóveis com Mau Olhado o título do seu último trabalho em livro.
Outro romance de João Antunes Pardelho está neste momento no prelo.
Para além de um excelente escritor, João Antunes Pardelho é um fotógrafo de grande mérito. Do seu trabalho destaca-se, pela qualidade das imagens, a exposição que em 2009 esteve patente na galeria do Theatro Club da Póvoa de Lanhoso.

José Abílio Coelho

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Lino António Vieira de Brito (1829 – 1911) - Benemérito


Lino António Vieira e Brito
Lino António Vieira de Brito, nasceu na freguesia de Frades, concelho da Póvoa de Lanhoso, no dia 7 de Julho de 1829, filho de Domingos Vieira de Brito e Josefa Vieira Ribeira; neto paterno de António Luís Vieira de Brito e Teresa Maria, da freguesia de Frades; neto materno de José Gonçalves e Ana Vieira Ribeira, da freguesia de Rendufinho. Recebeu o sacramento do baptismo, pelo reverendo padre Francisco José Ribeiro, no dia 12 de Julho de 1829, na igreja paroquial de Santo André de Frades, com o nome de Lino António, sendo padrinhos os seus tios Manuel António Fernandes e mulher Maria Joana, do lugar de Agra, freguesia de Rossas[1].
Da sua infância e juventude nada sabemos. Sabe-se que, como tantos outros, na sua época, partiu um dia para o Brasil para melhorar a vida em terras de além-mar, mundo para ele, provavelmente, desconhecido, mas apetitoso para tentar a sua sorte.
Quanto à sua ida e regresso do Brasil, apenas encontrámos um registo no Livro de Registos de Passaporte, com a seguinte descrição: “Lino António Vieira de Brito, 21/07/1886, solteiro, filho de Domingos Vieira de Brito, natural de Santo André de Frades, 57 anos de idade, destino Rio de Janeiro, observações: – regressa[2].
Foi com a sua vinda do Brasil que se tornou um benemérito da sua aldeia natal, nomeadamente, da capela de São Mamede, no cimo da montanha de Penafiel (também conhecido por monte de São Mamede), na freguesia de Frades.
Como era comum ao seu tempo, os ricos “brasileiros”, que alcançavam fortuna, em terras de Vera Cruz, tinham acções de benemerência e beneficência abnegada para com as suas terras natais[3].
Assim, Lino António Vieira de Brito foi também um “brasileiro” que não se esqueceu da sua freguesia de Santo André de Frades. Talvez por sua influência, reconstruiu-se uma velha ermida, que se encontrava em ruínas no alto da montanha de Penafiel (monte de São Mamede).  
Deste modo, podemos encontrar hoje, na capela do Mártir São Mamede, uma lápide de mármore que nos diz:

O Benfeitor Lino António Vieira de Brito, da Casa da Torre, d´esta freguesia de Frades, mandou fazer a capella mor deste Sanctoário, começaram as obras a 10 de Setembro de 1906 e acabaram a 10 de Julho de 1907.

A inauguração e bênção deste novo templo ocorreu durante a romaria de São Mamede, no dia 17 de Agosto de 1907.
Inicialmente, com a reconstrução deste novo templo, era propósito construir uma capela com uma dimensão muito superior à actual; pois, segundo o projecto primitivo, o corpo da capela que hoje temos seria a capela-mor.
Ora, como o dinheiro era escasso a capela manteve-se com a sua traça original durante várias décadas, sendo concluída nos finais dos anos 1950 e inícios da década de 1960, com a construção da actual capela-mor[4].
O benemérito, Lino António Vieira de Brito, não se casou, mas deixou descendência.
No seu testamento reconhece como seus filhos legítimos, Arminda Rosa da Costa, que casou para a freguesia de Covelas, com Manuel Ramos de Barros Pereira; e, Emílio António Vieira de Brito. No mesmo testamento, não se esquece da sua freguesia, contemplando com cinquenta mil réis a Junta da Paróquia da freguesia de Frades, para obras ou reparos na capela de São Mamede[5].
Contudo, podemos encontrar referência ao legado de Lino António Vieira de Brito no livro de lançamento de contas da Junta da Paróquia da freguesia de Frades, no ano de 1913, sob o artigo 3.º que menciona: “Recebeu-se o legado deixado por falecimento de Lino António Vieira de Brito - 50$00[6]
Faleceu em 17 de Fevereiro de 1911, numa casa no lugar da Rua, na freguesia de Frades[7].

Sérgio Machado


[1] Cfr. Arquivo Distrital de Braga, Fundos Paroquiais da Póvoa de Lanhoso, Paróquia de Santo André de Frades, livro n.º 99, Misto, N.º 1808-1857, C.º 1809-1859, fl. 26v.
[2] Cfr. Arquivo Distrital de Braga, Base de dados do Livro de Registos de Passaporte, n.º 367.
[3] Sobre o papel dos emigrantes portugueses que regressavam do Brasil, em Portugal, apelidados no século XIX, por “brasileiros”, entre outros estudos, vide Maria Marta Lobo Araújo; Alexandra Esteves; José Abílio Coelho, Renato Franco, Os Brasileiros Enquanto Agentes de Mudança: Poder e Assistência, CITCEM/Fundação Getúlio Vargas, Braga/Rio de Janeiro, 2013. 
[4] Para uma abordagem histórica acerca das capelas do cimo da montanha de Penafiel (Monte de São Mamede), como dos seus envolventes vide o nosso, Subindo o Monte de Penafiel de Soaz Ao Encontro de São Mamede, Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso, Póvoa de Lanhoso, 2006.
[5] Cfr. Arquivo Distrital de Braga, Inventários Orfanológicos da Póvoa de Lanhoso, Processo n.º 3447, 1911, fl. 4.
[6] Cfr. Arquivo da Junta de Freguesia de Frades, Livro de Lançamento de Contas da Junta da Paróquia da freguesia de Frades, anos de 1881 a1918, fl. 36 v.; podemos encontrar no mesmo Arquivo um pequeno conjunto de folhas intitulado por: Orçamento – 1.º Suplementar da receita e despesa da Junta da Paróquia da freguesia de Frades, ano 1913; constando como receita o seguinte: “Legado deixado à Junta da Paróquia desta freguesia por falecimento Lino António Vieira de Brito para obras da capela de São Mamede”.  
[7] Cfr. Arquivo Distrital de Braga, Fundos Paroquiais da Póvoa de Lanhoso, Paróquia de Santo André de Frades, livro n.º 437, Misto, 1911, fl. 1.