segunda-feira, 11 de julho de 2011

Júlio Celestino da Silva (1883-1918) – Humanista, político e comerciante

Nasceu em Braga a 27 de Julho de 1883, filho de um professor do Liceu da cidade[1]. Ali fez a instrução básica e frequentou o Liceu, partindo, depois, para Angola, onde se manteve por pouco tempo. Em Julho de 1909 tomou por trespasse a «Loja Central», no coração da Póvoa de Lanhoso, onde viria a fixar residência. A 2 de Outubro do mesmo ano casou, na igreja de S. João de Rei, com D. Virgínia das Dores Simões Veloso de Almeida, oriunda da Casa do Ribeiro. Um ano depois, a 11 de Outubro de 1910, foi nomeado vereador da primeira comissão administrativa municipal em República, e eleito pelos seus pares vice-presidente da câmara e vice-administrador do concelho. Nos dois anos seguintes, dadas as limitações que a actividade clínica impunha ao Dr. Adriano Martins, Júlio Celestino da Silva viria a desempenhar de facto as funções de administrador e muitas vezes as de presidente da câmara. Continuando a desempenhar funções políticas até Janeiro de 1912, Júlio Celestino envolveu-se na reorganização da Corporação dos Bombeiros Voluntários da Póvoa de Lanhoso, dos quais foi segundo comandante até à morte, que ocorreu “fruto da terrível Pneumónica”, em 10 de Outubro de 1918. Era genro de João José Simões Veloso de Almeida, presidente da Câmara entre 1914 e 1918, e cunhado de Adriano Carlos Simões Veloso de Almeida, presidente do mesmo órgão em 1919.

José Abílio Coelho



[1] Uma biografia mais aprofundada deste antigo “camarista” local, pode ser lida na revista Lanyoso, nº 3, edição da Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso, num artigo intitulado “Julio Celestino da Silva, Um Homem da Primeira República na Póvoa de Lanhoso", da autoria de José Abílio Coelho