Albino Osório de Carvalho Bastos nasceu na Póvoa de Lanhoso em 28 de Setembro de 1866, sendo o filho mais velho do comerciante João António de Carvalho Bastos e de sua esposa, Joaquina Rosa Pereira. Fez a instrução primária na Vila da Póvoa, seguindo depois para Braga onde frequentou estudos secundários. Cansado da vida de estudante, regressou à Póvoa de Lanhoso para se dedicar ao comércio, tendo fundado uma casa que vendia "fazendas e miudezas".
Aí, com Gonçalo Sampaio, fundou o jornal "Folha Democrática". Foi ainda fundador e director da segunda série do jornal "O Castelo de Lanhoso" e director-adjunto do semanário "Maria da Fonte". Foi uma das primeiras e mais expressivas vozes concelhias a defender a República. Autor de um conjunto de livros de poesia, não viria a ter, contudo, grande sorte como comerciante.
Do relacionamento de anos com uma senhora da terra - Ana de Matos Fernandes, solteira, costureiras de profissão - teve dois filhos: Albino Osório, como o pai, nascido a 1 de Abril de 1909, e que viria a falecer em 28 de Abril de 1910, e Dário Fernandes Bastos, o poeta e contista sobre quem em breve publicaremos uma nota biográfica. Em 1911, vendeu a casa de fazendas que possuia a seu irmão José da Paixão Bastos e, em Julho de 1913 rumou ao Brasil[1], instalando-se no Rio de Janeiro. Ali se empregou numa casa comercial e se dedicou aos estudos, tendo obtido o grau de bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais. Passou, a partir de então, a exercer advocacia no Rio de Janeiro, onde morava e se manteve solteiro.
Em 1932, aquando da partilha dos bens de seus falecidos pais, constituiu, a partir do Rio de Janeiro, procurador António de Almeida, de Fontarcada.
Depois de emigrar, continuou a enviar os seus textos para publicação no semanário "Maria da Fonte". Morreu no Brasil em Maio de 1946.
José Abílio Coelho