Natural da Vieira do Minho, onde nasceu a 11 de Fevereiro de 1867, Alfredo António Teixeira Ribeiro chegou à Póvoa de Lanhoso com um curso de Direito e muita vontade de ser alguém. Casou com D. Elvira Amália Geão Areias, oriunda de uma das mais influentes famílias locais e foi, em cumulação de funções advogado e notário. Foi uma das mais influentes figuras de toda a primeira metade do século XX povoense. Como advogado, teve sempre a melhor clientela, desde os mais sonantes capitalistas às causas oficiais. Como homem público, esteve envolvido na vida de quase todas as instituições povoenses. Durante mais de uma década foi director do semanário "Maria da Fonte", sendo, sob sua direcção, que o jornal passou de Monárquico-Progressista a apoiante da República. A partir de 1910, a sua influência aumentou significativamente. Tentou sempre manter-se fora da política activa, mas acabou por integrar, com o cargo de vice-presidente, a Câmara Municipal que governou o concelho entre 27 de Agosto e 10 de Dezembro de 1926, em plena afirmação da Ditadura Militar imposta pelo golpe de 28 de Maio de 1926. Afastado poucos meses depois de ter aceitado o cargo, não mais voltou à política, mas foi até ao fim dos seus dias, em 19 de Julho de 1951, o advogado da Câmara. Alfredo Ribeiro foi pai de uma plêiade de grandes povoenses, de entre os quais se destacam pelas funções públicas que viriam a assumir: António Belarmino (vereador da Câmara), Armando Gonçalo (benemérito), Abílio Hernani (Provedor da Misericórdia durante cerca de duas décadas) e José Joaquim Teixeira Ribeiro (Professor e Reitor da Universidade de Coimbra e Vice-Primeiro Ministro de Portugal).
José Abílio Coelho